Kiwi líquido, Óleo de Linhaça, Manteiga de Manga… Poderia ser uma receita gastronômica, mas estes são ingredientes de um shampoo. E ele não é feito de forma “caseira”, mas sim com uma tecnologia que identifica os melhores princípios ativos para tratar o cabelo de cada mulher. Pois é, estamos falando aqui de shampoos personalizados, condicionadores também! E feitos com ingredientes naturais, sem químicos agressivos à saúde.

Sim, a tecnologia aqui é utilizada para se extrair o melhor da natureza, e da melhor forma – com responsabilidade e sustentabilidade. Essa tendência, que começou a ganhar relevância no Vale do Silício, chegou com força total no Brasil e promete revolucionar a forma das pessoas tratarem e se relacionarem com o próprio cabelo. Isso porque essa novidade é totalmente diferente dos já conhecidos produtos “de prateleira”. O que são eles? São produtos que não conseguem responder a todas as necessidades de um único tipo de cabelo, muito menos tratar o cabelo de forma exclusiva, com combinações de ingredientes que irão satisfazer todas as necessidades de cada pessoa! Bem, os produtos personalizados conseguem… Ainda mais com a ajuda da mãe natureza.

E se você sente certa insegurança quando o assunto é cosmético natural, não custa lembrar: o uso de ingredientes naturais em cosméticos faz parte da história da civilização! No Egito Antigo, usava-se por exemplo gordura de rabo de jacaré para dar brilho aos cabelos. Hoje, pode-se usar Óleo de Coco ou de Girassol. Tudo graças a muita pesquisa e desenvolvimento de marcas preocupadas em fazer diferente, oferecendo para o público milhares de ativos diferenciados, tanto em hidratantes e maquiagens quanto em um frasco de shampoo ou condicionador. Que tal Amido de Tapioca, Acerola, Manga ou Proteína de Trigo?

Shampoo sustentável

Assim como outros produtos cosméticos e de higiene pessoal que encontramos em mercados, farmácias e revistas, produtos para cabelo também estão seguindo a máxima da sustentabilidade que aliás, foi tema central de 2019 na Cosmetic Business, encontro mundial do mercado de cosméticos. Ser Cruelty Free (não testar em animais) e Sulfate Free, isto é, não conter Sulfato (o que gera menos espuma, não resseca os fios e exige menos água para a remoção) são outros atributos do consumo “verde” e consciente. Assim como ter embalagens 100% recicláveis.

Há uma verdadeira mudança na percepção da sociedade, que está muito mais consciente sobre o que usar ou não. Se antes ninguém sabia o que era Parabeno, agora boa parte das pessoas entende que se trata de uma substância capaz não só de conservar o cosmético como também causar câncer. Não há dúvidas de que o meio digital é um grande impulsionador dos rótulos limpos, e não apenas para “dar um google”, como também para fomentar discussões nas redes sociais e especialmente para ajudar a pessoa a encontrar marcas que se alinhem ao que ela deseja e acredita que possa contribuir com seu estilo de vida pessoal.

Tendência no Brasil

 E não pense que essa é uma tendência só lá fora, em países como Estados Unidos ou Reino Unido. Ela já chegou aqui faz tempo: os cosméticos nacionais estão 100% alinhados às tendências mundiais, e muitas vezes até na frente delas! Para quem ainda torce o nariz para marcas brasileiras, tudo bem; brasileiros gostam de valorizar mais o que vem de fora e é compreensível, por conta da nossa história. Mas, que fique claro: este pode ser um desperdício, pois a realidade atual é extremamente favorável para produtos nacionais e eles estão bombando!

O consumo de produtos brasileiros voltados a cuidados pessoais, beleza e saúde estão entre os maiores do mundo. Na dúvida, olhe ao redor e veja quantas novas marcas abriram nos últimos anos e já ganharam espaço no mercado! E não há dúvidas: produtos nacionais são de alta qualidade, muitas vezes superando produtos estrangeiros. Não é à toa que a aceitação dos brasileiros pelos cosméticos conterrâneos vem crescendo…

Um pouco de história

A vaidade e a preocupação com a beleza dos cabelos vêm desde o homem das cavernas e, desde sempre, essa foi uma maneira das mulheres se expressarem. Foi no Império Romano que surgiu o primeiro barbeiro profissional, os corantes para coloração dos fios, remédios e loções contra a queda e as primeiras cabeleireiras, chamadas cometae.

No período da história antiga até a queda do Império Romano em 476 D.C., as formas de estilizar o cabelo aumentaram bastante. As mulheres pintavam, prendiam em diversos tipos de rabo de cavalo e até os enrolavam, em um antecessor do modelador de ferro conhecido hoje como babyliss.

E, desde sempre, a natureza era o artifício para as mudanças. Argila molhada ajudava muito na hora de modelar, assim como, no século XVI, as mulheres ficavam loiras com cinzas de vinhas, carvão, calcário, alcaçuz, folha de madeira e sol. A única coisa é que ninguém sabia o que fazia ou não de fato bem aos fios… Agora, a gente sabe!