A Venezuela enfrenta uma hiperinflação que afeta a toda as famílias e acaba com o poder de compra de todos.
Os preços dos produtos da cesta básica subiram com rapidez e em 12 meses registraram aumentos de até 700 mil por cento.
Com o aumento dos preços, quem ganha um salário mínimo de 4.500 bolívares soberanos não pode comprar 1kg de café, que fechou o ano de 2018 em 5.800.
No final do ano de 2018, a cesta básica chegou a 44.954 bolívares soberanos, ou seja, 10 meses de salário mínimo. Em 11 meses, a inflação acumulada foi de 702 mil por cento.
Dados mostraram que, em 2018, legumes como tomates registraram aumentos de 700.000%, cebola e páprica (muito usada na culinária local) subiram 300.000%. Outros produtos como frango, ovos ou queijo tiveram aumentos de mais de 200.000 pontos percentuais.
Se 2018 foi ruim, 2019 será pior. Analistas prevêem um colapso enorme da economia e níveis mais altos de violência e uma aguda escassez de alimentos com mais de um 30% da população comendo apenas uma vez por dia, e 5 mil venezuelanos fugindo do país todo santo dia.
Os especialistas também prevêem a introdução de novas e mais severas sanções econômicas contra o regime de Chávez, a partir de 10 de janeiro, quando a posse de Nicolás Maduro marca o início de seu segundo mandato presidencial.
Este ano, segundo cálculos do Fundo Monetário Internacional (FMI), das Nações Unidas, a Venezuela poderia registrar uma inflação de mais de 10 milhões de por cento, uma nova redução do PIB em mais de 18%, uma redução drástica da produção de petróleo, aumento nos níveis já altos de violência e dois milhões de venezuelanos ainda deixariam o país para os países vizinhos.
O problema do petróleo é uma das maiores preocupações, devido à constante diminuição da produção e ao valor monetário do principal motor produtivo da Venezuela.
Outro fator crítico é a indústria de papelão, embalagens, derivados de celulose, acetato. Sem produtos nas prateleiras, não há o que embalar. Sem o que embalar a indústria em torno da indústria de embalagens está se deteriorando rapidamente.

Vários países já sinalizaram não reconhecer Maduro como presidente legítimo e já consideram enviar tropas ao país latino americano para apoiar seus cidadãos.
O ministro português da Defesa, João Gomes Cravinho, declarou que Portugal admite, como diversos outros países europeus já informaram, enviar tropas para a Venezuela para apoiar os portugueses.