O roubo de cargas é um problema grave que atinge inúmeras empresas no Brasil todos os anos.
E isso é algo péssimo para os negócios, pois pode gerar milhões ou até mesmo bilhões de reais de prejuízo.
Porém, de acordo com dados da Assessoria de Segurança da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística – NTC&Logística, esse tipo de situação vem diminuindo nos últimos anos.
Segundo a entidade:
- Em 2017 houve 25.970 ocorrências de roubo de cargas;
- Em 2018 houve 22.183 ocorrências de roubo de cargas;
- Em 2019 houve 18.382 ocorrências de roubo de cargas;
- E em 2020 houve 14.159 ocorrências de roubo de cargas.
Agora, apesar dessa diminuição gradativa de ocorrências nos últimos anos, o roubo de cargas ainda é uma situação bastante preocupante.
Isso porque, além do prejuízo financeiro, os motoristas e, às vezes, até pessoas que nem sequer estavam envolvidas no transporte de cargas, podem ser afetadas – seja em relação à integridade física, seja em relação a aspectos mentais e psicológicos.
Por isso, para evitar esses e outros problemas, é fundamental investir em ações de prevenção e segurança, como o gerenciamento de riscos.
A importância do gerenciamento de riscos para evitar ocorrências de roubo de cargas
Com base nos dados apresentados acima e também devido aos inúmeros casos de roubo que são noticiados frequentemente, é notório que o Brasil ainda possui muitos problemas de segurança referente ao transporte de cargas.
Por isso, cada vez mais, empresas de todas as regiões do país estão investindo em tecnologias, sistemas de monitoramento e rastreamento, além de diversas medidas preventivas para evitar roubos, acidentes, entre outros percalços que podem acontecer durante um transporte de cargas.
E ao tratar sobre este assunto, o gerenciamento de riscos é uma das principais medidas para tornar um transporte mais seguro e eficiente.
Isso porque, com um bom gerenciamento, é possível fazer um planejamento adequado, de modo que o transporte seja realizado, do início ao fim, de maneira segura e com menos problemas e riscos.
Basicamente, com o gerenciamento de riscos é possível:
- Planejar e mapear riscos;
- Identificar riscos;
- Planejar rotas e definir trajetos;
- Utilizar softwares e ferramentas para acompanhar/monitorar todo o percurso;
- Analisar e estabelecer estratégias para diminuir a possibilidade de riscos;
- E se organizar/se estruturar para colocar as ações e estratégias em prática.
E ao seguir esses tópicos há:
- Menos risco de furtos e roubos;
- Menos risco de atrasos na entrega;
- Menos risco de avarias e extravios;
- Menos risco de acidentes;
- Menos risco de apreensões e multas;
- E claro, maior eficiência e segurança nas operações.
Além do mais, vale ressaltar também que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) vem orientando os caminhoneiros regularmente e agindo continuamente para evitar ou, pelo menos, minimizar, situações de risco presentes em estradas, pistas, vias e rodovias do Brasil.
Distribuição de ocorrências pelo Brasil
Segundo o recente levantamento feito pela Assessoria de Segurança da NTC&Logística, a maior parte das ocorrências de roubo estão localizadas na região Sudeste – principalmente por conta dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.
Nesta região, foi registrado nada menos do que 81,33% das ocorrências, sendo que São Paulo foi responsável por 41,80% das situações e o Rio de Janeiro 35,21%.
Além disso, a região Sul representou 8,89% das ocorrências, e as regiões Nordeste, Centro-oeste e Norte representaram 6,66%, 1,91% e 1,21%, respectivamente.
Agora, vale destacar que apesar desse cenário difícil e ainda preocupante, o Brasil não é o único país do continente americano que sofre com o roubo de cargas.
Países como Argentina, Chile, Colômbia, México e Peru, por exemplo, também possuem um alto índice de ocorrências desse tipo de caso.
Ou seja, o roubo de mercadorias é um problema que atinge diversos países e não só o Brasil.
Por isso, é essencial que os países deem cada vez mais atenção a este ponto e ajam, o quanto antes, para que essa situação seja evitada.
Tipos de cargas mais visadas pelos criminosos
Por fim, ainda de acordo com o levantando da Assessoria de Segurança da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística, as cargas mais visadas pelos criminosos no Brasil são:
- Autopeças;
- Bebidas;
- Cigarros;
- Combustíveis;
- Confecções e têxteis;
- Eletroeletrônicos;
- Produtos agrícolas;
- Produtos alimentícios;
- E produtos farmacêuticos.
Ou seja, com base nessas informações, observa-se que os bandidos e as quadrilhas espalhadas pelo Brasil visam diferentes tipos de mercadorias e, por isso, valorizar e investir em gerenciamento de riscos é algo fundamental para evitar roubos, acidentes, entre outros transtornos no transporte rodoviário.
E a boa notícia, é que hoje em dia existem diversas empresas especializadas em gerenciamento de riscos e gestão logística.
Logo, é possível contar com profissionais qualificados para realizar um transporte de cargas seguro e eficiente e, assim, continuar prestando um serviço de excelência e qualidade por anos e anos.